Wednesday, July 6, 2016

Procurando Dory


Hoje assisti uma animação que muito ansiava ver: Procurando Dory. Para quem não sabe, Dory é uma das personagens que eu mais gosto por seu carisma e otimismo (além de minha identificação natural com sua falta de memória). Acho extremamente difícil falar de um filme, especialmente no caso de lançamentos, sem estragar um pouco o fator surpresa, então eu diria que, mesmo que sutilmente, haverá a possibilidade de spoilers daqui para frente.

É até difícil para mim tentar descrever o que achei... Como uma imagem vale mais do que mil palavras, observe uma das imagens de divulgação do filme nos Estados Unidos.


Pois bem, esse foi o mix de sensações que o filme me causou: ansiedade, angústia, tristeza e uma certa desesperança. Ok, não durante o filme todo,  apenas nos 98% iniciais dele.

Sinceramente a sensação que me passa é que o roteirista e todos envolvidos no processo estão passando por uma fase muito difícil na vida deles e perderam completamente a noção de como fazer um filme tocante e divertido ao mesmo tempo. Se tem uma coisa que esse filme não é, com certeza, é leve!

Procurando Nemo também tratava de um assunto angustiante: um filho que se perde do pai. Contudo, todo o filme é repleto de cenas leves, alegres ou engraçadas, sem perder uma dose necessária de drama e superação. O mesmo não ocorre em Procurando Dory.

O filme vai apresentando fragmentos perdidos da carismática protagonista mas, ao contrário do filme anterior, onde suas aparições garantiam sorrisos e aventuras divertidas, a maioria das cenas dela são tristes, angustiantes e até um pouco sombrias.

Eu, inocente que sou, não li nada a respeito do filme antes de assisti-lo. Sabia, através dos trailers e teaser, que a história se desenvolveria a partir da busca de Dory por seus pais e pelo resgate de seu passado. Mas em momento algum imaginei que assistiria a um drama. Longe de mim estragar a experiência dos demais com o filme, mas estou absolutamente chocada com a linha de direção. A música do final do filme é a cereja do bolo! Linda mas mega melancólica!

Não sei se minha reação é fruto de um dia sensibilidade aflorada (apesar de não haver sequer um pio na sala de cinema, várias crianças e nenhum som de risos e gargalhadas, apenas o som do filme) mas deixo o veredito para vocês.

Se eu veria o filme novamente? Sim, para poder absorvê-lo e trabalhar os milhões de sentimentos profundos e existencialistas que ele aflora. É um filme pipoca para família? Não. Eu não diria isso.

Ainda assim ele trás novos personagens muito bacanas: Hank (o polvo meio antissocial de bom coração), Destiny (a amiga do passado), o outro moçoilo que esqueci o nome (bem apropriado não é mesmo?!) e Beca que é um dos alívios cômicos do filme. Não darei mais detalhes dos personagens pois são as pérolas do filme que provocou reações tão profundas em mim.

Esse texto é quase um desabafo mas vale a pena assistir pelo menos para tirar suas próprias conclusões! Caso assistam compartilhem suas opiniões! Adoraria saber o que os outros viram nesse filme que eu esperei por tanto tempo para assistir!

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